Casa da Memória celebra 6º aniversário no dia 25 de abril
Seis anos da Casa da Memória de Guimarães são assinalados com programa festivo, com entrada gratuita, ao longo de todo o dia
Seis anos volvidos sobre a abertura da Casa da Memória de Guimarães, a efeméride é assinalada num dia de grande liberdade com uma programação que convida à experiência, entre sentidos, saberes e sabores, através de visitas e oficinas, exposições, concertos, leituras de teatro e, claro, comes e bebes.
Inaugurada a 25 de abril de 2016, a Casa da Memória é um centro de interpretação e conhecimento que, através da sua exposição permanente, contribui para um melhor conhecimento da cultura, território e história de Guimarães. O programa especialmente desenhado para a comemoração do seu 6º aniversário integra um conjunto de visitas orientadas que ajudam a compreender melhor a sua exposição. Com horários de início às 10h30, 11h30, 15h00 e 17h30, cada visita será única e uma excelente oportunidade para o público se (re)encontrar com os diferentes objetos, tempos e lugares extraordinários que habitam a Casa, num percurso desenhado à medida da curiosidade de cada um.
Para além das visitas, as famílias com crianças mais pequenas poderão, ainda, participar numa oficina de técnicas de impressão e estamparia em tecido, às 11h00, ou de doçaria, sob a orientação do Cor de Tangerina, às 14h00. Destaque, ainda, para a oficina teatral “Telefonia de abril”, de Tânia Cardoso e Rodrigo Crespo, às 11h30 e às 14h30, em torno da revolução que acabou a ditadura.
Este dia será também o último para (re)visitar “Selva Coragem”, do Teatro do Frio, uma BIOinstalação construída com a comunidade, a partir de plantas emprestadas pelos habitantes locais, que inaugurou no passado mês de março. A propósito desta BIOinstalação, a partir das 16h00, o Teatro do Frio irá, ainda, disponibilizar a edição “Seiva”, uma publicação que mapeia participantes humanos e vegetais e a partir deles traça um mapa de potenciais derivas pedonais a partir do território de Guimarães.
O Teatro Oficina também se junta à celebração do aniversário da Casa da Memória com a apresentação do seu projeto “anti-leituras” que, desde fevereiro, se realiza no Espaço Oficina, com encontros quinzenais para ler teatro em voz alta. Nesta sua deslocação à Casa, as anti-leituras do Teatro Oficina (17h00) comemoram abril e José Saramago, através da leitura da primeira peça de teatro que o autor escreveu. “A Noite”, escrita em 1979, passa-se precisamente na noite de 24 para 25 de abril de 1974. Tendo sido também ele jornalista, Saramago coloca a ação da peça numa redação de um jornal durante a noite que antecedeu a madrugada por que tantos esperavam.
A música também vai fazer-se ouvir com dois concertos muito especiais. Às 16h00, sobem ao palco as Sopa de Pedra, um grupo de investigação musical composto por 10 mulheres que, juntas desde pequenas, criam e interpretam à capella arranjos originais da música popular portuguesa. O reportório inclui sobretudo música de transmissão oral das várias regiões portuguesas, estendendo-se dos cânticos mirandeses de Trás-os-Montes às baladas açorianas, das cantigas de adufeiras da Beira Baixa ao Cante alentejano, passando também pelo reportório de cantautores como Zeca Afonso, Amélia Muge, João Lóio ou grupos como Almanaque e GAC. Às 19h00, é a vez de Daniel Pereira Cristo explorar a variedade dos cordofones, melodias, ritmos e percussões tradicionais. Acompanhado pelas percussões de André NO, a bateria virtuosa de Mário Gonçalves, o baixo elétrico de David Estêvão, a guitarra irrepreensível de Rodrigo Peixoto, o acordeão do exímio João Ferreira e a bela voz de Catarina Silva, Daniel Pereira Cristo promove a pluralidade no mundo e o respeito intercultural, tendo como ponto de partida o autoconhecimento e o respeito pela nossa própria cultura, instrumentos e música milenares.
E porque uma celebração não se faz de barriga vazia, não faltarão comes e bebes, entre as 12h00 e as 22h00. Com petiscos e tradição, a Casa da Memória convida assim todos os vimaranenses, e todos aqueles que estiverem na região, a conhecer os cantos da Casa, com atividades gratuitas em modo contínuo, num programa que estimula a descoberta, a pertença e a participação.
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