Centro Cultural Vila Flor abre-se à cidade para assinalar 13º aniversário


CCVF abre temporada a comemorar 13 anos com Manta estendida e programa festivo de música, dança e teatro: Mão Morta, Scout Niblett, Joana Gama, LaBaq, MODS Collective, Olga Roriz, Teatro Oficina e Mala Voadora.
Em setembro assinalam-se os 13 anos de vida do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, e a reabertura das portas ao público e à arte. O pontapé de saída para a nova temporada será dado nos jardins com o ritual cultural e social que, nos últimos anos, tem preenchido o primeiro fim de semana do mês: o Manta.
A celebração começa, com entrada livre, num palco de relvado inteiro com horizonte entre o Castelo de Guimarães e o Centro Cultural Vila Flor, um mundo constituído por arte, natureza, arquitetura e interação comunitária – o Manta – que invade mais uma vez os jardins do CCVF no primeiro fim de semana de setembro (dias 07 e 08, às 21h30) para a sua 12ª edição.
Na primeira noite, a icónica banda Mão Morta traz ao Manta a sua faceta mais imersiva, onde subtis crescendos e repentinas explosões se sucedem numa massa sonora mais ou menos suave e repetitiva que nos embala pelas histórias negras e inquietantes que nos vão contando. Antes dos Mão Morta tomarem conta do palco, a pianista Joana Gama presenteia o público com um novo recital que intercala a obra multifacetada de Erik Satie com a de compositores que o seguiram na exploração do som – Marco Franco, Federico Mompou, Morton Feldman, John Cage e Vítor Rua – num delicado jogo de afinidades.
No segundo dia, às 18h00, é inaugurada uma nova área do festival dedicada ao público mais jovem com um concerto comentado para crianças de Joana Gama envolto no universo do Erik Satie. Chegada a noite (21h30), o Manta será lugar de forte manifestação da criatividade feminina, a começar com a prestação da artista brasileira LaBaq, que através de engenho tecnológico e beleza de composição apresentará o seu sedutor universo de canções internacionalmente aclamadas. Depois, entrará em palco Scout Niblett, que visita o Manta para um concerto exclusivo, trazendo-nos à pele e ao espírito a experiência grandiosa do seu olhar criador.
A 15 de setembro, a programação passa para o interior do CCVF com Olga Roriz a apresentar “A meio da noite” (21h30), uma homenagem da coreógrafa a Ingmar Bergman, no ano das celebrações do centenário do nascimento do realizador sueco. Poucos realizadores conseguiram, como este, encontrar profundidade no interior do ser humano.
Nos dias 16 e 17 de setembro, o Teatro Oficina, em colaboração com o serviço de Educação e Mediação Cultural, abre as portas do CCVF para levar o público a descobrir “Do avesso” os lugares secretos deste espaço. Nesta visita performativa, vai-se investigar o que se esconde atrás do que está por trás – o que não se vê, o que não está em cena. No domingo (16 de setembro), a estreia está marcada para as 17h00. Na segunda-feira (17 de setembro), haverá duas sessões, a primeira às 10h30 e a segunda às 15h00. Esta visita pelos lugares secretos do CCVF tem o custo de 2,00 euros e carece de marcação com, pelo menos, uma semana de antecedência, através de telefone 253424700 ou e-mail mediacaocultural@aoficina.pt
A música volta a fazer-se ouvir a 22 de setembro, com a estreia nacional de MODS Collective Meet Cecil Satariano que chega a Guimarães depois da apresentação no âmbito do programa de Valletta 2018 - Capital Europeia da Cultura.
Na última semana do mês, a celebração alarga-se intensamente ao teatro com a companhia Mala Voadora a viajar até ao Grande Auditório do CCVF para apresentar o díptico de peças “Moçambique” e “Amazónia”. Com Jorge Andrade ao leme, a viagem começa com “Moçambique” a 27 de setembro.
Para encerrar esta celebração de mês de setembro, segue-se “Amazónia” no dia 29. Nesta que é a sequela de “Moçambique”, o mesmo grupo de personagens resolve ir para outro paraíso – a selva amazónica – para gravar uma telenovela ecológica. Os artistas procuram financiamento e as personagens da novela também, porque também elas querem empreender: querem civilizar a Amazónia, seguir o caminho universal da civilização.
Entre os dias 24 e 26 de setembro, aproveitando a presença da Mala Voadora em Guimarães, o CCVF dá, ainda, a oportunidade de conhecer de perto os processos de trabalho e criação dos seus diretores, o ator e encenador Jorge Andrade e o cenógrafo José Capela, através de uma oficina dirigida a criadores e encenadores.
O CCVF abre-se, assim, à cidade para, em conjunto, celebrar.
A programação completa do mês de setembro do Centro Cultural Vila Flor pode ser consultada em www.ccvf.pt. Os bilhetes para os espetáculos pagos poderão ser adquiridos, como habitualmente, nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor, do Centro Internacional das Artes José de Guimarães e da Casa da Memória de Guimarães, bem como nas lojas Fnac e El Corte Inglês, entre outros pontos de venda, e na internet em www.ccvf.pt e oficina.bol.pt.
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