Festivais Gil Vicente começam já esta quinta-feira!
De 2 a 11 de junho, os Festivais Gil Vicente apresentam seis espetáculos – os dois primeiros em estreia absoluta – e várias coproduções, que reforçam um forte apoio à nova criação teatral portuguesa.
A 34ª edição dos Festivais Gil Vicente abre esta quinta-feira com a estreia de “Tratado, A Constituição Universal”, o último espetáculo do ciclo “Democracia e os anos 90”, da Momento - Artistas Independentes.
Sara Inês Gigante também estreia “Massa Mãe” nos Festivais Gil Vicente, uma peça em que encontramos uma gaiata a esmiuçar parte da sua identidade – a que está bordada com corações minhotos. Esta minhota puxará a brasa à sua sardinha, mas também irá preparar terreno para tirar nabos da púcara.
Considerado um dos espetáculos mais marcantes de 2021 pelo jornal Público, “Limbo” questiona os conflitos de identidade dos mestiços (Mulatos) e os horrores da colonização e da política de hierarquia de raças, para perceber o lugar que ocupam, atualmente, os afrodescendentes nas antigas potências colonizadoras europeias. “Limbo” é acima de tudo um questionamento íntimo. Victor
Inspirados pelos filmes Le mépris e Weekend, de Jean-Luc Godard, os auéééu propõem-se pensar o sentimento de desprezo, esta ausência de consideração pelas relações que cultivamos nas nossas vidas, o exercício de poder dominante, a manutenção dos seres desprezados.
Em “Another Rose”, Sofia Santos Silva propõe uma colaboração com Gulabi Gang, um grupo ativista sediado em Uttar Pradesh, no norte da Índia, fundado por mulheres para dar resposta à violência sistémica e discriminação generalizada de uma sociedade assente em práticas e costumes patriarcais que banalizam a violência sobre as mulheres.
Em 1972, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa publicam Novas Cartas Portuguesas, tendo como ponto de partida as Cartas Portuguesas, romance epistolar publicado anonimamente, em 1669, e atribuído à freira Mariana Alcoforado. O livro foi prontamente retirado do mercado, acusado pelo regime fascista de “insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública”, e as suas autoras levadas a julgamento. No ano em que se comemoram os 50 anos da publicação do livro, Catarina Rôlo Salgueiro e Leonor Buescu encerram os Festivais Gil Vicente com “Ainda Marianas”, um espetáculo que pretende convocar uma discussão em torno da memória coletiva, de um país, das suas gentes, e do seu tempo.
Durante o decorrer dos Festivais Gil Vicente, o Teatro Oficina, enquanto companhia da casa, propõe um workshop de quatro dias com Beatriz Batarda, e um ciclo de jornadas durante três dias, pensado para estudantes de teatro que estejam no último ano do curso, seja ele um curso profissional, licenciatura, ou outro. No entanto, são abertas a qualquer outro estudante de teatro que esteja noutro momento da sua formação, ou recém-profissional, sobretudo os que saíram para o mercado de trabalho nos últimos dois anos de pandemia, em que o sector cultural esteve sobejamente afetado, e que sentem que ainda não conseguiram arrancar a sua vida profissional.
Notícias relacionadas
-
Teatro contemporâneo regressa a Guimarães com os Festivais Gil VicenteNotícias Cultura
Teatro contemporâneo regressa a Guimarães com os Festivais Gil Vicente
19 Mai -
Festivais Gil Vicente na Plataforma das Artes e da CriatividadeNotícias Cultura
Festivais Gil Vicente na Plataforma das Artes e da Criatividade
12 Jun