Guimarães integra consórcio para um futuro sem emissões
Na COP28, a Urban Transitions Mission anunciou 49 novas cidades, que irão trabalhar na transição urbana holística e centrada nas pessoas.
Guimarães é uma das 49 novas cidades a integrar a Urban Transitions Mission (UTM), reforçando o seu compromisso com a criação de um caminho rumo a um futuro sem emissões. A decisão, anunciada durante a COP28, duplicou assim o número de participantes neste consórcio internacional, cujo objetivo passa pela criação e teste de soluções inovadoras para uma transição urbana holística e centrada nas pessoas. Refira-se que, além de Guimarães, este novo lote de cidades a integrar a UTM inclui Braga e Vila Franca de Xica, passando a iniciativa agora a contar com quatro municípios portugueses – juntando-se a Cascais.
As novas cidades do grupo terão assim a oportunidade de estabelecer ligações, trocar ideias e conhecimentos entre si e com as 48 restantes cidades que já estão a trabalhar com a UTM. Com o apoio dos parceiros e organizações da Aliança Global de Inovação (GIA), os municípios das cerca de 100 cidades vão receber assistência para fortalecer as suas estratégias climáticas, colaborar para a visão da neutralidade carbónica e acelerar a implementação de medidas de sustentabilidade.
As principais áreas de ação incluem: a revisão dos planos de ação existentes em matéria de clima e energia para dar prioridade às iniciativas de acordo com dados e provas científicas; mediação do acesso a soluções, com o objetivo de acelerar a implementação de soluções tecnológicas, regulamentares e financeiras; a identificação e eliminação da burocracia para testar e aumentar a escala da inovação, de forma a liderar a criação de soluções inovadoras; e a aceleração do acesso a financiamento dedicado a investigação e desenvolvimento e ao reforço de capacidades para desenvolver planos de investimento sólidos para as reservas de projetos existentes, em colaboração com os governos nacionais, o setor privado e as instituições mundiais, bem como com os parceiros da Missão Inovação.
Para Sofia Ferreira, vereadora do Ambiente e Ação Climática da Câmara Municipal de Guimarães, “integrar o consórcio da UTM vem reforçar ainda mais o compromisso de Guimarães com a adoção de estratégias para alcançar a neutralidade climática até 2030”. E continua: “Em cooperação com os restantes membros deste grupo, procuraremos identificar e desenvolver novas formas e benefícios de tirar proveito de energias limpas, de forma a conduzir esta transição e criar impacto em todo o mundo, rumo à transição urbana holística e centrada nas pessoas”.
O município de Guimarães tem vindo, ao longo dos últimos anos, a traçar uma estratégia concertada com vista à neutralidade carbónica, contando com o envolvimento dos vimaranenses, tecido empresarial e comunidade científica. A procura permanente por soluções sustentáveis que permitam melhorar a qualidade de vida de quem trabalha e habita em Guimarães é uma prioridade e faz com que a cidade venha a ser recorrentemente destacada, nacional e internacionalmente, com um dos exemplos a seguir.
Sobre a Urban Transitions Mission
Lançada na COP26, a UTM corresponde ao esforço combinado do Global Covenant of Mayors for Climate & Energy (GCoM), da Comissão Europeia e da Joint Programming Initiative Urban Europe (JPI). O projeto engloba um conjunto de conceitos e conhecimentos partilhados enquadrados com a transição urbana rumo à neutralidade carbónica, com base na experiência de uma Aliança Global de Inovação (GIA) de parceiros e organizações de apoio, juntamente com a experiência em primeira mão das cidades envolvidas. Desde o início de 2023, a UTM ajudou as 48 cidades participantes no projeto a avançar no seu percurso de descarbonização, trabalhando para uma redução coletiva prevista equivalente a 21,6 megatoneladas de CO2.
A partir de 2024, as cidades que aderirem à UTM darão prioridade a projetos centrados nas infraestruturas energéticas, na eficiência e em ambientes de baixas emissões, a fim de criar vias para alcançar a neutralidade carbónica. Entre as novas cidades, 23 irão explorar o potencial das fontes de energia renováveis, 10 centrar-se-ão em soluções digitais e 22 irão procurar soluções integradas de emissões zero para a mobilidade. Por fim, as restantes 29 cidades irão desenvolver soluções no domínio do desenvolvimento e da regeneração urbanos, incluindo o desenvolvimento rural-urbano integrado, a utilização sustentável dos solos, a pobreza urbana e o acesso à energia como caminhos prioritários.
Até 2030, a UTM espera contar com um grupo adicional de 250 cidades, inspirando diversas regiões de todo o mundo a embarcarem nesta jornada rumo à descarbonização.
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