Guimarães recebe até sexta-feira o 1º Congresso Português de Construção Virtual
Iniciativa realiza-se durante dois dias no Polo de Azurém da Universidade do Minho. Tendência será construir edifícios através de modelos, navegáveis por realidade virtual.
O 1º Congresso Português de Building Information Modelling (ptBIM) realiza-se esta quinta e sexta-feira, dias 24 e 25 de novembro, nos auditórios nobre e B1.16 da Universidade do Minho, em Guimarães. A iniciativa atrai 220 investigadores e profissionais para um programa com 50 palestras, dez painéis, um workshop e um fórum académico. A organização une as universidades (Minho, Porto, Lisboa) e as Ordens dos Engenheiros e dos Arquitetos, mostrando a vontade comum de debater, mediatizar e adequar a lei nacional na área da construção virtual.
A sessão de abertura do congresso é esta quinta-feira, às 09 horas, com Adelina Paula Pinto (Câmara Municipal de Guimarães), Paulo Ribeirinho Soares (Ordem dos Engenheiros), Maria Manuel Oliveira (Ordem dos Arquitetos), José Cardoso Teixeira (Escola de Engenharia da UMinho) e António Aguiar Costa (Comissão Técnica da Normalização BIM). O evento vai abordar várias temáticas, como projetos de estruturas de betão e madeira, estações de metro, barragens, poços, piscinas, redes de águas e aplicações de design, evocando empresas como a EDP ou Refer e até a ligação da plataforma BIM (modelos virtuais de informação da construção) a jogos de simulação. A iniciativa foca ainda os esforços de implementação de práticas BIM na indústria e o reforço das redes de profissionais na área.
«Até aqui fazíamos desenhos para construir casas, pontes e outros edifícios, mas a tendência internacional é fazê-lo através de modelos, navegáveis por realidade virtual, onde é possível ver muito além das paredes, como as redes hidráulicas e até as próprias propriedades dos materiais. Os benefícios subjacentes vão permitir reduzir muitas despesas de mau planeamento, aproximar os vários envolvidos na obra e até proporcionar edifícios globalmente mais sustentáveis ao nível da certificação energética, do conforto e da segurança», resume Miguel Azenha, coordenador do congresso e docente no Departamento de Engenharia Civil da UMinho.
O Reino Unido é um dos países mais avançados neste âmbito e exige desde 2016 o uso das metodologias BIM, demonstrando a sua importância na indústria da construção do século XXI. O tema é recente em Portugal, mas há já casos que foram alvo desta tecnologia antes da obra, nomeadamente o renovado porto de Leixões e o novo MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa. «BIM é uma metodologia de trabalho colaborativo baseada num modelo digital que permite integração da informação de formas impensáveis até há alguns anos e a sua utilidade para a arquitetura e construção pode exprimir-se de muitas formas. No entanto, há desafios importantes para os profissionais, pois exige novas formas de trabalhar e colaborar, obrigando a um processo de aprendizagem», realça Miguel Azenha. O site oficial é <www.ptbim.org>.
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