Maria Antónia Palla em Guimarães para ‘Entrevista de Vida’

Uma conversa sobre a vida e obra de uma jornalista que marcou a história recente de Portugal, quer pela afirmação do papel da mulher na sociedade, quer pelos relatos e denúncias de violência doméstica.
Maria Antónia Palla é a convidada para a ‘Entrevista de Vida’, com moderação de Tito Couto, esta quinta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Esta iniciativa do Festival Húmus tem início às 18h00, na Biblioteca Municipal Raul Brandão, em Guimarães.
A segunda edição do Húmus — Festival Literário de Guimarães, a decorrer entre os dias 7 e 12 de março, dedica a sua programação às mulheres.
Durante os próximos dias, Guimarães receberá a visita de escritores, jornalistas e pensadores que debaterão o papel da mulher na literatura e na sociedade.
Sobre Maria Antónia Palla
Nasceu no Seixal, em 1 de janeiro de 1933, numa família laica, republicana e liberal que lhe transmitiu os valores da liberdade, igualdade e fraternidade que têm norteado a sua vida. É casada, tem um filho e dois netos. É licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa.
O jornalismo foi a sua única profissão. Trabalhou em diversos jornais, revistas e televisão, tendo-se destacado no tratamento de temas culturais e sociais. Como cidadã empenhada na política, participou em todas as campanhas eleitorais antes e depois do 25 de Abril. Defensora apaixonada da liberdade de pensamento e de imprensa, foi a primeira mulher a ocupar o lugar de vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e a primeira que assumiu a Presidência da Caixa de Previdência dos Jornalistas, cargo que desempenhou durante doze anos, até ao encerramento daquela instituição por um Governo socialista.
Foi membro eleito do Conselho de Imprensa. Interessada desde sempre pelos direitos das mulheres, participou ativamente na campanha pela legalização do aborto.
Foi uma das fundadoras da Liga dos Direitos das Mulheres e da Biblioteca Feminista Ana de Castro Osório, núcleo especializado da Biblioteca Municipal de Belém, a segunda que existe na Europa, enquadrada num espaço público. Defensora do acesso de todos os povos à democracia foi uma das fundadoras do Fórum Português para a Paz e Democracia em Angola, que tem prestado apoio às forças democráticas daquele país. Em Portugal, continua a participar civicamente em diversas acções a favor da cultura e direitos humanos. É comendadora da Ordem da Liberdade.
Notícias relacionadas
-
O HÚMUS volta à terra para apostar na interdisciplinaridadeNotícias geraisOutras Notícias
O HÚMUS volta à terra para apostar na interdisciplinaridade
03 Mar -
Entrevista de Vida com Laborinho Lúcio agendada para sábado foi canceladaNotícias Cultura
Entrevista de Vida com Laborinho Lúcio agendada para sábado foi cancelada
05 Mar