Placa assinala classificação de Santa Maria Madalena da Falperra como Monumento Nacional
Santuário partilhado por Guimarães e Braga é composto por um conjunto de elementos (capelas, cruzeiro e alameda) integrados no seu contexto paisagístico e organizados ao longo de um percurso de romaria, em função da Capela de Santa Maria Madalena.
A cerimónia de descerramento de uma placa informativa, esta quarta-feira, por parte do vereador da Câmara Municipal de Guimarães, José Bastos, e do vereador do Município de Braga, Miguel Bandeira, assinalou a classificação do Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra como Monumento Nacional, o 21º em Guimarães, oficializada no dia 02 de janeiro com a publicação em Diário da República do respetivo decreto governamental, o primeiro do ano de 2017.
Constituindo um dos monumentos do estilo rococó mais relevantes nacionais, o templo, atravessado pela linha que separa administrativamente os territórios de Guimarães e Braga, possui a sua génese numa pequena ermida dedicada a Santa Maria Madalena, já referenciada em documentos datados do século XVI. A sua área de implantação abrange a freguesia de Longos, no concelho de Guimarães, e a União das Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães, em Braga.
«Esta classificação permite dar outra notoriedade ao monumento e ao território onde está inserido, uma vez que possui potencial turístico e, com toda a certeza, irá aumentar a sua visitação. O Santuário é riquíssimo e muito importante do ponto de vista patrimonial», considera José Bastos, que está já a diligenciar novas parcerias com o objetivo de «trabalhar a reabilitação das encostas de Briteiros e da Falperra». «A paisagem florestal que envolve este património comum já não é um motivo de divisão, mas sim uma alavanca para um projeto comum», referiu, por sua vez, Miguel Bandeira.
A Capela de Santa Maria Madalena da Falperra separa administrativamente os territórios de Guimarães e Braga. Terá sofrido a primeira intervenção mais significativa no tempo do Arcebispo D. Diogo de Sousa (1505-1532). É, contudo, durante o século XVIII, sob o traço do arquiteto André Soares, que o templo adquire a imagem monumental que hoje se lhe conhece. «É um local de convergência de romeiros e de concelhos», disse Miguel Santos, Presidente da Mesa da Comissão Administrativa da Irmandade de Santa Maria Madalena do Monte e de Santa Marta da Falperra.
No santuário, destaca-se ainda a frontaria antecedida pelo escadório, obra mista de arquitetura e escultura, com realce para o trabalho minucioso em torno do granito. O interior do monumento tem igualmente um património integrado em altares e retábulos, que enfatizam o valor simbólico e paisagístico da envolvente ao santuário, onde pontificam uma alameda de sobreiros e carvalhos, uma estação arqueológica, um antigo convento franciscano, capelas e um cruzeiro.
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