Guimarães desenvolve processo de construção para fomentar envelhecimento ativo
Escola de Medicina da Universidade do Minho elabora estudo para avaliar projeto “Vida Feliz”, que visa proporcionar à população sénior uma atividade física regular e devidamente orientada tendo em vista a melhoria da qualidade de vida.
Com cerca de 1000 participantes, distribuídos por mais de 40 promotores locais, o projeto Vida Feliz proporciona aulas de atividade física, de hidroginástica e de ginástica sénior, através de uma intervenção diferenciada, à qual acresce um número significativo de iniciativas complementares, de cariz lúdico desportivo, passíveis de tornarem a vida das pessoas mais ativa e mais feliz. Através de um protocolo celebrado com Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho (ICVS) “será possível avaliar e mensurar ao pormenor” a eficiência do projeto.
Esta quinta-feira, 10 de outubro, foram anunciados alguns resultados com base nos dados recolhidos conferindo desde logo o aumento de força e resistência dos membros superiores e diminuição do peso corporal numa mostra dos utentes do projeto “Vida Feliz”, apresentados por Margarida Correia Neves, professora da Universidade do Minho.
A vice-presidente da Câmara de Guimarães, Adelina Pinto, destacou a “mudança de paradigma” na sequência do envelhecimento da população e o aumento da esperança média de vida. “Há uns anos Guimarães era um dos concelhos mais jovens da Europa, mas isto mudou e também temos de mudar a nossa forma de atuar e decidir”, vincou Adelina Pinto, “através de um processo de construção e que nunca estará terminado”, adiantou ainda a vice-presidente da autarquia. O importante é “proporcionar qualidade de vida aos nossos idosos”, assente num projeto que abrange um elevado número de participantes e ao qual se associa agora a Universidade do Minho. “É importante contar com o apoio da Universidade, através da investigação, no sentido de avaliar os resultados e assim ajudar na orientação da decisão política”, definiu Adelina Pinto.
O presidente da Tempo Livre, Amadeu Portilha, assumiu uma “responsabilidade maior” nas respostas que pretendem desenhar, anunciando ainda novos passos ao nível da formação para os professores que integram este projeto.
O vice-presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Jorge Pedrosa, enalteceu o trabalho desenvolvido pela Câmara de Guimarães na resposta às necessidades da população sénior, destacando a possibilidade de garantir uma dimensão internacional ao projeto “Vida Feliz”, através de artigos de investigação que anualmente são publicados. “Este projeto Vida feliz é muito importante para Guimarães e poderá ser apontado como um exemplo a seguir”, salientou.
O projeto visa proporcionar à população sénior com mais de 55 anos, do concelho de Guimarães, uma atividade física regular e devidamente orientada tendo em vista a melhoria da sua qualidade de vida, sensibilizando-os para a adoção de em estilo de vida saudável.