Setor da construção refletiu sobre a importância da transformação digital na inovação e sustentabilidade

A Transformação Digital foi o mote para um conjunto de painéis de discussão que, nesta quarta-feira, 9 de outubro, animaram o Teatro Jordão. Durante a tarde, o foco centrou-se no setor da Construção, um tema que contou com a participação do Grupo Casais, e que permitiu aos intervenientes nos três painéis debater a transformação digital na cadeia da construção, o processo de industrialização, a requalificação de carreiras e a produtividade do setor.

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, fez questão de evidenciar a importância da transformação digital para o que considera um desígnio que as cidades devem prosseguir: a construção de edifícios e infraestruturas cada vez mais ambientalmente sustentáveis e com maiores níveis de bem-estar. Para tal, o edil insiste na necessidade de parcerias que juntem a academia com todo o ecossistema da construção, desde os arquitetos às empresas construtoras, fomentadoras de colaborações criativas. “Guimarães é uma cidade reconhecida pelas suas boas práticas de reabilitação do património edificado, mas esse facto não deve fazer cristalizar um crescimento que se quer de marca contemporânea, sem que se desvirtue a autenticidade dos locais”, disse.

Para o presidente da Câmara Municipal, a transformação digital está a revolucionar a construção civil através da Inteligência Artificial, dos modelos BIM, dos gémeos digitais, e da Realidade Aumentada, pois estas ferramentas permitem que seja dada importância a fatores determinantes como a sustentabilidade ambiental, a segurança e o bem-estar. “Guimarães tem trilhado o caminho da sustentabilidade, um caminho difícil que queremos que seja partilhado por uma construção civil que desempenha, a este nível, um papel fundamental”, disse Domingos Bragança, que se referiu ao Grupo Casais como um exemplo de boas práticas a seguir. “Precisamos de habitação que tenha em conta esta sustentabilidade e este bem-estar. Se há setor económico onde o processo de transformação digital é visível, alterando todo o processo produtivo, a especialização dos trabalhadores e novas profissões, é o da construção civil ”, concluiu.

O primeiro painel, “Transformação digital na cadeia da construção”, contou com a participação de Sérgio Laranjeira, TopBIM, João Poças Martins, FEUP e Miguel Krippahl, Nemetschek. Seguiram-se “O processo de industrialização”, com Luís Laranjeira, Blufab, e António Oliveira, OLI, e “Requalificação de carreira e produtividade”, com Ana Ribeiro, Academia Casais, e Natália Costa, Triformis. A moderação dos três painéis este a cargo da jornalista Fernanda Freitas. O encerramento do evento esteve a cargo de António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais.

A programação do Mês da Economia de Guimarães, uma iniciativa promovida pelo município para impulsionar discussões e reflexões sobre questões económicas, especialmente voltadas para a sustentabilidade, inovação e criatividade colaborativa, vai continuar ainda com muitas ações. Acompanhe e inscreva-se em www.meseconomia.guimaraes.pt