Três projetos estruturantes para a vila de Pevidém apresentados em reunião de Executivo Municipal dedicada à Economia
Projetos de reabilitação da EB 2,3 de Pevidém, da Fábrica do Alto e da Rua Albano Martins Coelho Lima foram conhecidos publicamente durante a reunião de Câmara que teve lugar nas instalações da empresa J. Pereira Fernandes, em Selho S. Jorge.
Nesta segunda-feira, 14 de outubro, teve lugar mais uma reunião descentralizada do Executivo Municipal. No Mês da Economia, o palco escolhido foi o chão de fábrica da empresa têxtil J. Pereira Fernandes, em Selho S. Jorge, onde decorreram os trabalhos e as diversas apresentações previstas, entre as quais a apresentação da empresa anfitriã e do Grupo MCA, que escolheu Pevidém para instalar o denominado MCA Hub.
Um dos projetos apresentados, que se encontra finalizado e a aguardar o lançamento do concurso para a respetiva obra, foi o da EB 2,3 de Pevidém, que tem como preço base 12,6 milhões de euros, acrescidos de IVA. De acordo com Domingos Bragança, não se trata de uma simples conservação ou beneficiação, mas de uma requalificação que contempla espaços exteriores, áreas de mobilidade circundante, zonas 30, novas entradas, renovação do pavilhão gimnodesportivo, novas salas de aula e de apoio a professores, funcionários e pais, refeitório, laboratórios de ciência, espaços para cultura e artes, biblioteca, entre outros.
Em suma, trata-se de “uma escola de última geração”, disse o edil.
A requalificação da EB2,3 de Pevidém, a exemplo do que acontece com a EB2,3 de S. Torcato e da EB2,3 Santos Simões, está mapeada pelo Governo, com acordo com a Associação Nacional de Municípios, para financiamento a 100% ao abrigo do PRR ou de programas nacionais. Essa é a garantia do Ministro da Coesão Territorial que permite que a Câmara Municipal de Guimarães leve a cabo o projeto e o lançamento da obra a concurso, o que acontecerá logo que haja uma garantia formal de financiamento por parte do Governo.
O projeto da Fábrica do Alto, onde ficará sediada a Academia de Transformação Digital, também apresentado na reunião, sofreu algum atraso, uma vez que envolve um conjunto de centros tecnológicos e de investigação da Universidade do Minho, o que motivou a necessidade de adequar a distribuição da área disponível às diferentes funções a que se destina. “Na Fábrica do Alto, instalar-se-ão o DTx, o PIEP e o CCG, e foi necessária a estabilização do layout”, disse Domingos Bragança. Prevê-se que nos primeiros meses de 2025 a obra possa ser lançada a concurso, contando, muito provavelmente, com financiamento do Portugal 2030. Esta valência permitirá dotar o concelho de Guimarães com uma infraestrutura que será decisiva na ligação das empresas às instituições de investigação e desenvolvimento, uma vez que permitirá adequar a formação de recursos humanos e a adoção de soluções tecnológicas que possam ir de encontro à necessidades reais do tecido económico.
O último dos projetos apresentados foi o da obra da Rua Albano Martins Coelho Lima, que se desenrolará em duas fases. Esta reabilitação é, segundo o presidente da Câmara Municipal, estruturante para dotar Pevidém de uma nova centralidade, “que bem merece”, disse. O projeto da primeira fase, que envolverá o troço compreendido entre o início da rua e a rotunda junto ao LIDL – recorde-se que a segunda fase seguirá até ao entroncamento da variante de acesso a Brito –, está quase concluído, faltando apenas as especialidades, o que leva Domingos Bragança a apontar o início de 2025 como referência temporal prevista para o lançamento a concurso.
Este conjunto de requalificações, a que se junta a aprovação da proposta para constituição da Associação Guimarães Space Hub em reunião do Executivo Municipal, qualifica Guimarães, segundo Domingos Bragança, como um território que aposta na Educação, Ciência e Cultura como base para o seu desenvolvimento, que idealmente, na área económica, deverá impulsionar a transformação tecnológica e digital das suas empresas tradicionais e a diversificação económica, com apostas claras nas áreas da saúde e do aeroespacial. “Vamos ter a Engenharia Aeroespacial na Fábrica do Arquinho, um Centro de Saúde de nova geração junto à Academia de Ginástica, a Academia de Transformação Digital na Fábrica do Alto, as novas escolas EB2,3 de Pevidém, S. Torcato e Santos Simões, A Escola-Hotel do IPCA, projetos estruturantes que são consensuais”, disse o presidente da Câmara Municipal.
O investimento de dezenas de milhões de euros, muito perto de uma centena, na área da Educação, da Ciência, da Saúde e da Economia, é transformador e terá reconhecimento a médio e longo prazo, segundo Domingos Bragança, mas permitirá que Guimarães se afirme em áreas emergentes da economia, como a da saúde e da Nova Economia do Espaço, apostando na investigação e desenvolvimento de novas soluções inovadores e disruptivas, e beneficiando de um ecossistema apoiado pela autarquia, empresas e sistema académico-científico.
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